Como a rotina de sono influencia na saúde do coração?

27 de maio de 2015
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O sono é essencial para qualquer pessoa. No período em que dormimos, nosso corpo descansa e recarrega as energias para poder conseguir enfrentar com força o dia seguinte. Por isso a rotina de sono é essencial, sobretudo para a saúde do seu coração. Você sabe por quê? O sono é o momento em que o coração repousa e as várias descargas do sistema parassimpático atuam no coração. Isso que dizer que o sistema nervoso “faz” o relaxamento do músculo cardíaco. O ciclo de hormônios relacionados ao sono, entre eles o hormônio do crescimento (GH, do inglês growth hormone), e o ritmo circadiano preparam o corpo durante a noite para uma nova jornada de atividades – mesmo as mais simples.

A falta de sono cria uma situação de estresse crônico, onde descargas de sinalizadores semelhantes à adrenalina fazem taquicardia como resposta à falta de oxigênio causada na apneia do sono. Os microdespertares noturnos e os períodos de falta de oxigênio causam aumento da pressão arterial, sendo fator de risco para a saúde do coração.

O descompasso entre os dois sistemas nervosos antagonistas cria um ambiente de estresse crônico, sendo um fator para as arritmias cardíacas, tanto as ventriculares como a fibrilação atrial.

A apneia do sono é o distúrbio mais comumente associado ao aumento do peso, diabetes e hipertensão arterial. Seus portadores também estão mais susceptíveis a desenvolver infarto do miocárdio, em especial durante a noite, o que é incomum na população em geral. Há ainda risco de morte súbita e palpitações nos portadores deste distúrbio.

Existe uma escala especial própria para a análise da qualidade de sono, conhecida como “Escala de Epsworth”. Ela foi desenvolvida como uma forma de procurar a apneia do sono em pessoas comuns. A análise de dá com o auxílio de algumas perguntas, tais como: “Você cochila dirigindo?” e “Você sente que poderia dormir mais?”, entre outras. As respostas possíveis são nunca, raramente, frequentemente ou sempre. Pontuações elevadas sugerem que você tem maior risco de ter apneia do sono.

Ao perceber alguma manifestação que atrapalhe seu sono, procure um especialista para uma análise mais detalhada do problema. Na maioria dos casos, o diagnóstico da apneia pode ser feito por meio da observação em laboratório especializado, com o uso da polissonografia. Quando constatado o distúrbio, o paciente pode ser indicado a um dos tratamentos disponíveis: ventilação não invasiva (dormir com uma “máquina” acoplada no nariz para diminuir ronco e diminuir a sensação de falta de ar durante o sono), exercícios (para reduzir peso), auxilio de fonoaudiologia ou até cirurgias (para corrigir a queda da base da garganta).
Fonte: minhavida.com.br

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