Faringite: Quando procurar um médico?

23 de novembro de 2015
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Faringite

O que é Faringite?

Faringite é uma inflamação que costuma causar dor, irritação, coceira e desconforto na região da faringe – a parte superior da garganta, que conecta o nariz e a boca à laringe e ao esôfago. A faringite é um dos vários distúrbios que podem acometer a região da garganta, assim como a laringite e a amigdalite. Os sintomas são mais comuns no inverno, época em que o ar seco e aglomeração maior de pessoas em ambientes fechados facilitam a entrada de vírus e bactérias pelas vias aéreas.
Tipos
Faringite viral

A faringite viral é o tipo mais comum de faringite, sendo causada pela infecção de vírus na faringe. Para essa manifestação da doença, o tratamento pode ser feito em casa à base de medicamentos e cuidados simples.

Faringite bacteriana

Causada pela infecção de bactérias, a manifestação mais comum dessa forma da doença é a faringite estreptocócica é causada pela bactéria Streptococcus pyogenes, mais conhecida como estreptococo do grupo A. As faringites bacterianas exigem um tratamento mais específico, com antibióticos.

Causas

A faringite viral costuma surgir em casos de infecções causadas por vírus, como o resfriado comum, a gripe e a mononucleose. A faringite também pode surgir em pessoas com doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), a exemplo da gonorreia. Outros fatores como alergias, clima seco, poluição, distensão nos músculos da garganta e até problemas mais graves, como tumores e infecção por HIV, também podem levar a um quadro de faringite.
Fatores de risco

Qualquer um pode desenvolver faringite, mas alguns fatores externos e comportamentos de risco podem contribuir para o aparecimento do distúrbio. Veja:

Menoridade

Crianças e adolescentes são mais suscetíveis a desenvolver um quadro de faringite. A faringite estreptocócica, por exemplo, é responsável por 20% a 30% das faringites em crianças e por 5% a 15% dos casos em adultos.

Exposição à fumaça do cigarro

Ser fumante ou ser exposto à fumaça do cigarro também são fatores que contribuem para o surgimento dos sintomas. O fumo pode provocar ainda complicações mais graves na garganta, como o câncer.

Alergias

Ser alérgico a pó, mofo e pelos de animais de estimação pode contribuir também para desenvolver faringite.
Exposição a componentes químicos

Viver em grandes metrópoles, onde o índice de poluição é mais elevado, também é um fator considerado de risco. O ar poluído é uma mistura de partículas que leva à inflamação das vias aéreas, reduzindo a defesa.

Infecções respiratórias crônicas

O muco do nariz causado por infecções respiratórias consideradas crônicas, como asma e enfisema pulmonar, pode irritar a garganta e provocar a doença.

Frequentar ambientes fechados

Morar, trabalhar ou estudar em ambientes fechados, por exemplo, em que há grandes aglomerações de pessoas, pode facilitar a entrada de vírus e bactérias causadores da faringite pelas vias aéreas.

Imunidade baixa

Ter resistência imunológica baixa torna uma pessoa suscetível a diversas doenças, de modo geral. Causas comuns da baixa imunidade são infecção por HIV, diabetes, estresse, fadiga e má alimentação.

Sintomas de Faringite

Os sintomas da faringite são de fácil identificação, mas são igualmente fáceis de serem confundidos com sintomas de outras inflamações que acometem a garganta, como a laringite e a amigdalite. A dor de garganta é o principal desses sintomas, mas outros também podem entrar para a lista:

Dificuldades para engolir ou falar
Garganta seca
Voz rouca e abafada.

Os sintomas são semelhantes tanto na faringite viral quanto na bacteriana. Em ambos os casos, a membrana mucosa que reveste a faringe pode estar ligeira ou intensamente inflamada e coberta por machas brancas ou pus. A febre, a inflamação dos gânglios linfáticos do pescoço e uma contagem elevada de glóbulos brancos no sangue são típicos tanto da faringite viral como da bacteriana, embora estes sintomas possam ser mais evidentes na forma bacteriana.

Quando procurar um médico?

A Academia Norte-Americana de Otorrinolaringologia sugere que um médico seja procurado quando os seguintes sintomas começarem a surgir:

Dores de garganta fortes e persistentes, por mais de uma semana
Dificuldades para respirar, engolir e para abrir a boca
Dores na face
Dor de ouvido
Febre alta
Dor de garganta reincidente
Nódulos no pescoço
Voz rouca por mais de duas semanas

Diagnóstico e Exames
Na consulta médica

Na hora de conversar com o médico, é muito importante tirar todas as dúvidas.

Anote e faça perguntas ao médico. Procure saber sobre os exames que serão necessários, como é o tratamento, quais os efeitos colaterais, qual a expectativa de recuperação, etc.
Descreva os sintomas e especifique quando estes surgiram.
Dê informações sobre seu histórico médico e especifique quais medicamentos você está tomando e quais problemas de saúde você teve recentemente.
Procure descrever também as possíveis causas de infecção, como um amigo ou parente que esteja com dores de garganta há algum tempo.

O que esperar do médico?

Médicos gostam de fazer perguntas. Na verdade, eles o fazem porque precisam do máximo de informações possíveis para poder fazer o diagnóstico. Por isso, é sempre bom estar preparado para responder às perguntas que o médico fará. Veja exemplos:

Quando você começou a sentir os sintomas?
Qual o possível motivo pelo qual você começou a sentir os sintomas? Existe alguma outra causa possível?
Entre os sintomas você também apresentou febre?
Tem problemas para respirar?
Tem dificuldades para engolir?
Há alguma coisa que ajude a amenizar os sintomas?
Você já teve esses sintomas alguma vez?
Você fuma?
Tem alergias? Toma remédios para alergias?
Tem alergias a algum medicamento específico?

Lembre-se: os cuidados não devem ficar somente dentro do consultório médico. Em casa é importante fazer repouso e alimentar-se adequadamente, procurando ingerir alimentos mais leves e que não causem mais danos à garganta. Fazer uso de medicamentos que não precisam de prescrição médica também é uma alternativa para aliviar o desconforto.

Diagnóstico de Faringite

Dores de garganta, dificuldade para engolir e febre não são sintomas exclusivos da faringite, por isso o médico deverá realizar procedimentos específicos para fazer o diagnóstico. No primeiro deles, aplicado tanto em crianças quanto em adultos, o médico utiliza um instrumento para analisar a garganta e, eventualmente, os ouvidos e as vias aéreas também. Trata-se de um exame físico, em que o especialista também poderá querer avaliar os batimentos cardíacos do paciente.

Outro exame que o médico poderá fazer é também bem simples. Com o auxílio de um instrumento fino, semelhante a um cotonete, ele retirará amostras de secreção de dentro da garganta do paciente doente para enviá-las a um laboratório especializado em doenças causadas por bactérias do estreptococo, causadora da faringite bacteriana. Os resultados saem em apenas alguns minutos. Se o resultado for positivo, então o paciente é diagnosticado com faringite bacteriana. Se for negativo, a faringite é viral.

O diagnóstico pode ser feito, ainda, por outros dois procedimentos: hemograma e testes alergênicos. O primeiro produz uma contagem completa dos diferentes tipos de células presentes no sangue do paciente doente. Dependendo do resultado, é possível saber se a faringite foi causada por vírus ou por bactéria.

Se o médico suspeitar que a causa foi uma alergia, ele poderá lhe encaminhar para um alergologista, que solicitará exames específicos.

Tratamento e Cuidados
Tratamento de Faringite

Faringite causada por vírus geralmente não demanda muitos cuidados nem um tratamento específico. Além disso, a inflamação desaparece de cinco a sete dias, em média. No entanto, para a faringite bacteriana, é necessário consultar um médico para saber também qual o melhor tratamento disponível para cada caso. Geralmente, ele é feito à base de antibióticos e analgésicos.

Medicamentos para Faringite

Os medicamentos mais usados para o tratamento de faringite são:

Astro
Azitromicina
Bi Profenid
Broncho-Vaxom
Ceclor
Cefaclor
Cefadroxila
Cefalexina
Cetoprofeno
Ceftriaxona Dissódica
Ceftriaxona Sódica
Clindamicina
Diclofenaco Colestiramina
Diclofenaco Resinato
Doxiciclina
Eritromicina
Hexomedine
Ibuprofeno
Nimesulida
Paracetamol

Somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado para o seu caso, bem como a dosagem correta e a duração do tratamento. Siga sempre à risca as orientações do seu médico e NUNCA se automedique. Não interrompa o uso do medicamento sem consultar um médico antes e, se tomá-lo mais de uma vez ou em quantidades muito maiores do que a prescrita, siga as instruções na bula.
Convivendo (prognóstico)

Independentemente da causa da faringite, cuidados simples que podem ser tomados em casa ajudam a aliviar os sintomas e a acelerar a recuperação. Veja o que você pode fazer para conviver bem com essa inflamação:

Descanse. Durma bastante e poupe sua voz
Beba muito líquido. Você precisa manter sua garganta molhada para evitar desidratação e atenuar o desconforto causado pela faringite.
Prefira os quentinhos. Alimentos e bebidas mornos podem trazer alívio à dor de garganta.
Água com sal. Faça gargarejos com uma solução líquida de água e sal. Cinco gramas de sal para um copo d’água bastam. Essa medida ajuda a amenizar o desconforto também.
Evite o ar seco. Utilize umidificadores de ar para tornar a respiração mais fácil. Ar seco pode causar ainda mais irritação à garganta danificada.
Livre-se do cigarro. Se você fuma, é bom dar uma parada com o cigarro. Fumo pode prejudicar ainda mais a inflamação. Se você não fuma, mas convive com fumantes, procure evitar a fumaça.

Prevenção

Os germes que causam inflamações virais e bacterianas, a exemplo da faringite, são contagiosos e algumas medidas simples podem evitar o contágio:

Lave bem as mãos, especialmente depois de usar o banheiro, comer, espirrar ou tossir. As mãos são portas para muitas doenças, por isso é sempre bom estar com elas limpas.
Evite dividir copos e comidas.
Se espirrar ou tossir, tome cuidado para não contaminar o ar. Use um lenço.
Use álcool-gel para higienizar as mãos.
Evite encostar a boca se for utilizar telefones públicos ou bebedouros.
Limpe frequentemente telefones, controle remotos e teclados de computador.
Evite contato muito próximo com pessoas que estejam doentes.
Procure não sair de casa em dias muito secos. O índice de poluição nessas ocasiões costuma ser mais alto.
Use uma máscara para fazer a limpeza. Isso evita que você inale partículas de poeira.
Umidifique sua casa. Evite o ar seco.
Fonte: http://www.minhavida.com.br/saude/temas/faringite

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