Alergia a Mofo
12 de novembro de 2010Os fungos são um dos alérgenos mais comuns e podem causar diversas doenças em seres humanos – especialmente no aparelho respiratório. Alguns tipos de fungos, como a Alternaria e o Cladosporium, são comuns ao ar livre, especialmente no outono, quanto o material em decomposição das folhas oferece um excelente meio de proliferação. Em ambientes fechados, predominam os fungos da espécie Aspergillus e Penicillium.
Quais são os sintomas da alergia a mofo?
A alergia a mofo pode se manifestar de 4 maneiras: como um quadro de rinite ou conjuntivite alérgica, como uma crise asma, como sinusite ou na forma de uma micose nos brônquios.
Rinite e Conjuntivite Alérgica
Uma vez que os fungos podem crescer em ambientes fechados (p.ex.: dentro de casa), muitas crianças são expostas a estes alérgenos desde o nascimento.
Ainda não está claro a partir de que idade se desenvolve a alergia ao mofo, mas estima-se que este problema seja a causa de 40% dos casos de rinite alérgica em crianças.
Os principais sintomas da rinite alérgica incluem coriza, sensação de coceira no nariz e nos olhos, espirros, dores de cabeça, desânimo, congestão nasal e tosse.
Os sintomas costumam ser mais severos nas estações mais úmidas e quentes do ano, mas alguns fungos apresentam alta prevalência durante todo o ano.
Não é raro observar crianças que sofrem alergia a mofo e que desenvolvem problemas nas adenóides ou infecções respiratórias recorrentes, como sinusites e otites.
Asma
Os sintomas da asma causada por alergia a mofo se assemelham aos sintomas da asma comum e incluem tosse, chieira e falta de ar. Estas manifestações podem se instalar rápida ou lentamente.
Micose Broncopulmonar Alérgica (MBA)
Esta forma de alergia a mofo se parece com uma pneumonia comum, com tosse com expectoração, falta de ar, chieira, febre baixa (menor que 38.5ºC), dores no corpo e falta de ânimo.
Sinusite Fúngica
A sinusite causada por fungo é mais comum em áreas de clima quente e úmido. Os sintomas incluem dor na face ou na cabeça, sensação de congestão nasal, redução da capacidade olfatória, coriza purulenta, tosse, queimação na garganta, hálito ruim e falta de ânimo.
Que outras doenças podem simular uma alergia a mofo?
Se você leu atentamente o que foi descrito até aqui, pôde perceber que a alergia a mofo possui sintomas pouco específicos e que podem ser relacionados a uma ampla variedade de doenças.
Havendo suspeita de alergia a mofo, seu médico poderá solicitar alguns exames para avaliar a possibilidade de você estar sofrendo de algum outro distúrbio, e não de alergia a mofo.
As principais doenças que podem produzir manifestações semelhantes à alergia a mofo incluem:
* Síndromes aspirativas
* Asma
* Bronquiolite
* Bronquite aguda ou crônica
* Fibrose Cística
* Refluxo gastroesofágico
* Pólipos nasais
* Infecções virais
* Tabagismo passivo
* Pneumonia bacteriana
* Enfisema Pulmonar
* Sarcoidose
* Tuberculose
* Câncer pulmonar
É preciso realizar algum tipo de exame?
A principal ferramenta para detectar a alergia ao mofo é o exame clínico realizado pelo seu médico. Para complementar este exame, o médico poderá solicitar um Teste Cutâneo com Alérgenos Fúngicos, que consiste em pequenas punções na pele para administração de reagentes fúngicos.
Outros exames, tais como exames de sangue, radiografias, tomografias, rinoscopia, broncoscopia, etc, poderão ser solicitados de acordo com a necessidade.
Como é feito o tratamento?
O mais importante é a educação: o sucesso do tratamento dependerá da compreensão da natureza (quase sempre crônica) da doença e mudança em certos hábitos.
Dependendo da intensidade dos sintomas, pode, ser empregados antihistamínicos e descongestionantes.
Em pessoas com asma alérgica, bombinhas de broncodilatadores, sprays de corticosteróides e outros medicamentos teofilina podem ser indicados.
O que você pode fazer para ajudar?
Além das recomendações do seu médico, existem algumas medidas que você pode tomar por conta própria para reduzir o risco ou os sintomas da alergia a mofo:
- Mantenha a casa seca, arejada e livre de cigarros.
- Conserte vazamentos hidráulicos, evitando a proliferação de fungos.
- Se possível, elimine áreas de vegetação densa em torno da casa.
- O Aspergillus prolifera na matéria em decomposição (p.ex: grama cortada, cercas de madeira, terra de plantas domésticas, folhas caídas, fezes de passarinhos, etc). Mantenha os ambientes livres desse tipo de material.
- Oriente a criança a não brincar com folhas secas, sofás de tecido e tapetes.
- Faça a manutenção preventiva de aparelhos de ar-condicionado (inclusive do seu automóvel), umidificadores e vaporizadores segundo as orientações do fabricante.
- Remover o mofo das superfícies visíveis (p.ex.: banheiro) utilizando agentes fungicidas.
Fonte: Bibliomed
13 de novembro de 2010
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