Amígdalas aumentadas são principal fator de risco para distúrbios do sono em crianças

7 de janeiro de 2013
oto

Um estudo desenvolvido pelo Instituto de Biomedicina da Universidade da Finlândia Oriental mostrou que a obesidade e outros fatores relacionados ao peso não estão relacionados à presença de Distúrbios Respiratórios do Sono (DRS) em crianças. A pesquisa é parte de um estudo maior, denominado Atividade Física e Nutrição em Crianças (Panic, na sigla em inglês). Os resultados foram publicados na edição de dezembro do periódico European Journal of Pediatrics.

Os autores acompanharam 512 crianças finlandesas de seis a oito anos de idade. Aproximadamente 10% delas apresentaram alguma forma de distúrbio respiratório durante o sono, que vão desde ronco moderado até apneia obstrutiva do sono. Outros sintomas fora do período de sono também foram observados, como hiperatividade, dificuldades de aprendizado e problemas de crescimento.

Analisando os resultados, os pesquisadores descobriram que o principal fator para distúrbios do sono em crianças foi a presença de amígdalas aumentadas – o risco era 3,7 vezes maior nessa condição. Os outros fatores foram mordida cruzada (quadro no qual os dentes da arcada superior se sobrepõem aos dentes da arcada inferior), com risco 3,3 vezes maior, e perfil facial convexo (caracterizado pelo queixo pequeno), com o risco aumentado em 2,6 vezes.

Para os pesquisadores, a descoberta desses fatores de risco permite que sejam realizadas intervenções para prevenir o aparecimento da doença ainda na infância. Eles afirmam que a obesidade contribui com a gravidade desse quadro na vida adulta e, por isso, deve continuar sendo vista com atenção nas crianças.

Hábitos simples previnem a obesidade infantil

Apesar de os fatores de risco para distúrbios do sono em criança não estarem relacionados com a obesidade, o aumento de peso descontrolado na infância pode contribuir com o agravamento dos distúrbios e até mesmo dom o surgimento de outras doenças, como hipertensão e diabetes. Conheça a seguir os hábitos que ajudam seus filhos a ter uma alimentação mais saudável, diminuindo as chances de desenvolver a obesidade infantil:

Refeições fracionadas

A criança deve comer cinco ou seis refeições (café da manhã, lanche da manhã, almoço, lanche da tarde, jantar e ceia) em locais apropriados e horários pré-estabelecidos. Ajude a fazer com que refeições fracionadas virem rotina do seu filho, diminuindo o volume dos alimentos ingeridos nas refeições principais.

Doces podem estar no cardápio?

As guloseimas não devem ser proibidas, mas sim oferecidas em porções controladas, por exemplo, um pacotinho com três bolachas recheadas. Não se esqueça de não deixar as guloseimas ao alcance da criança. Evite consumo excessivo de salgadinhos, frituras, refrigerantes, doces e guloseimas em geral, limitando o uso destes a uma vez por semana, no máximo.

Inclua salada

Estimule o uso de saladas cruas. Para torná-la mais atrativa acrescente complementos como kani kama, atum ou queijos magros. Uma boa dica é montar pratos de saladas bem coloridos e variados, ou seja, que sejam atrativos para as crianças.

Ofereça suco

Substitua os refrigerantes por sucos naturais e não deixe que a ingestão de líquidos junto às refeições, seja maior que 250 ml. Procure não adoçar sucos, deixe que a criança crie o hábito em não precisar deste complemento nada saudável ao suco.

Faça elogios

Elogie seu filho ao perceber que ele está levando a sério sua nova maneira de se alimentar. Também ofereça prêmios a cada nova conquista (mas o prêmio não pode estar ligado a alimentos).
Fonte: Minha Vida

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