Ar seco provoca aumento de casos de crises alérgicas
17 de agosto de 2011O aumento da incidência de várias doenças respiratórias por causa do tempo seco tem levado mais pacientes com rinite, faringites e crises alérgicas aos hospitais particulares da cidade de São Paulo. O tempo normal de espera nos prontos-socorros, cerca de 30 minutos, agora pode chegar até a 4 horas. Isso porque as instituições procuradas pela reportagem apontam uma média de aumento de 30% nos seus atendimentos, o que coincide com o número estimado pela Secretaria da Saúde o para todo o Estado de São Paulo.
“O inverno modifica a condição atmosférica e a junção entre frio, ar seco e poluição compromete as vias aéreas de qualquer pessoa, alérgica ou não”, diz Clystenes Odyr Soares Silva, pneumologista da Unifesp. Ele explica que estudos apontam que cerca de 10% da população têm doenças respiratórias. Ou seja, pode-se estimar que há pouco mais de 1 milhão de pessoas alérgicas em São Paulo. “Se 20% delas passarem mal por conta do tempo seco, já serão 200 mil pessoas a mais nos hospitais.”
A administradora Cecília Calovini, de 48 anos, foi uma delas. Na semana passada, ela levou o filho para retirar o gesso e, dois dias depois, começou a ter crises de rinite. Como teve pneumonia no ano passado, resolveu ir logo ao hospital. Só não contava que a previsão mínima de espera para ser atendida era de duas horas. “A gente paga convênio, que não é nada barato, e ainda tem de ficar plantado aqui”, reclama. Mas profissionais do hospital comunicaram que a instituição trabalhava com o número normal de médicos (seis clínicos-gerais).
Fonte: Jornal da Tarde