Como diferenciar uma dificuldade para dormir e a insônia?

22 de julho de 2019
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Muitas coisas podem tirar o nosso sono: problemas em casa, cuidados com a família, estresse no trabalho, morte, doença. E para melhorar a qualidade do sono, algumas pessoas usam remédios para dormir. Mas como diferenciar uma dificuldade para dormir e a insônia? “A insônia é quando a pessoa tem dificuldade para dormir ou dificuldade para manter o sono ou despertar precoce”, explica a médica do sono e neurologista Dalva Poyares. Quando a insônia ocorre, no mínimo, três vezes na semana por três meses, ela é considerada crônica. Já a aguda é bem menos frequente que a crônica e é comum quando acontece uma eventualidade da vida, por exemplo, a morte de uma pessoa da família.

Remédio para dormir vicia?

Muitas pessoas que tomam remédio para dormir sentem-se dependentes. A médica explica que é preciso levar alguns fatores em conta, como o tipo de medicamento – alguns viciam mais que outros. Também precisa analisar o perfil da pessoa – algumas estão mais predispostas a viciar em algum medicamento.

Quando tomar remédio para dormir?
Ao perceber qualquer sinal de dificuldade para dormir, procure um especialista. Existem vários medicamentos que podem ajudar no sono e a indicação vai depender do tipo de insônia. Porém, nem sempre é preciso tomar remédio, mesmo que seja uma insônia crônica. O uso só deve ser feito quando a falta de sono tem um impacto muito grande no dia a dia.

Não existe uma regra. Há situações em que a suspensão pode ser total, casos em que é preciso ser gradual e casos em que a medicação vai sendo mudada. É preciso observar se a pessoa consegue ficar bem sem a medicação. O ideal é conversar com o médico e avaliar a hora certa de parar de tomar o remédio para dormir.

E os fitoterápicos?
“Alguns fitomedicamentos podem ajudar em casos mais leves de insônia”. A valeriana, por exemplo, é um fitoterápico que tem efeito sedativo, ansiolítico e relaxante muscular. Ele não causa dependência, mas é preciso orientação antes de começar a tomar.

Dormir pouco faz mal para a saúde?
Sim! Dormir menos de seis horas afeta a cognição, causa esquecimento e afeta raciocínio e memória. “A longo prazo, pouco sono faz mal para o coração, aumenta o risco de diabetes e ganho de peso, pode alterar a imunidade. São muitas consequências. Acabamos pagando um preço caro”.

Dicas para quem tem dificuldades para dormir

Respeite o sono do outro! Não chegue em casa fazendo barulho, batendo porta, acendendo luz. Faça silêncio, fale baixo.
Alivie os pensamentos para dormir – escreva tudo o que te preocupa num caderno e deixe ao lado da cama. Isso pode deixar a cabeça mais livre.
Faça alguma atividade que dê prazer.
Diminua as luzes da casa.

Fonte: G1

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