Dormir faz muito bem para a saúde
8 de novembro de 2010Uma boa noite de sono serve para muita coisa. Que ninguém se engane com a aparente passividade de um corpo que dorme. Durante o sono, há uma intensa atividade do metabolismo e do cérebro. É como se o corpo e a mente estivessem sendo calibrados para que funcionem bem no dia seguinte.
Tudo começa quando o dia escurece e a melatonina, a substância da sonolência, começa a ser liberada.
Logo depois, na segunda fase do sono, os ritmos do coração e da respiração diminuem e a temperatura do corpo cai. Essa é a fase que realça a sensação de descanso.
Nas fases três e quatro há baixa de cortisol, que é o hormônio do estresse. Nosso corpo precisa desse alívio.
Já um outro hormônio, o do crescimento, tem o pico de produção atingido durante o sono. Por isso bebês chegam a dormir mais de 14 horas. Crianças e adolescentes precisam em média de 10 horas de sono, mas não são só eles que precisam de uma noite bem dormida. “O hormônio de crescimento nos adultos também está relacionado ao metabolismo. Um prejuízo dessa fase do sono pode alterar o metabolismo no sentido do aumento de peso”, explica Dalva Poyares, do Instituto do Sono – Unifesp.
Outra fase importantíssima e fascinante é a do sono REM. Nela o cérebro está a mil e os batimentos do coração podem subir. É quando sonhamos e damos ao cérebro a chance de processar, organizar e armazenar as informações do dia, o que estamos aprendendo. A memória depende disso.
Os estudiosos do sono lembram que a humanidade já dormiu mais, até a invenção da lâmpada, no século dezenove se dormia em média de 9 a 10 horas por dia, hoje a média está em 6, 7 horas. Estamos adoecendo também por isso. “Aumento de peso, maior risco cardiovascular, existe uma tendência maior a ter diabetes, mais açúcar no sangue, que por sua vez altera o metabolismo e favorece mais ganho de peso. Quem dorme menos acaba vivendo menos”, afirma Dalva Poyares.
Segundo os médicos do instituto do sono da Universidade Federal de São Paulo, um adulto deve dormir entre sete e oito horas por noite.
Fonte: Jornal Hoje