Está com o sono em dia? Dormir pouco aumenta o apetite e leva ao ganho de peso, aponta novo estudo

17 de julho de 2015
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Pouca disposição, olheiras e mau humor são efeitos conhecidos de passar a madrugada em claro. Mas você sabia que uma noite mal dormida pode influenciar diretamente também os nossos hábitos alimentares? De acordo com um estudo divulgado nesta terça-feira (2) no Journal of Health Psychology (JHP), o sono pode conduzir ao aumento do apetite e, consequentemente, à maior ingestão de comida, além de interferir sobre as escolhas de alimentos que fazemos.

Isso acontece porque o volume de comida que uma pessoa consome é determinado por fatores biológicos, emocionais, cognitivos e ambientais, os quais são diretamente afetados pela quantidade de sono. Os pesquisadores responsáveis pelo estudo, Alyssa Lundahl e Timothy D Nelson da Universidade de Nebraska, nos Estados Unidos, explicam que os distúrbios do sono elevam os níveis de grelina, o chamado “hormônio da fome” que estimula o apetite. Ao mesmo tempo, ficar se revirando na cama à noite por não conseguir dormir também contribui para a diminuição da presença da substância leptina, responsável por avisar ao cérebro que as células de gordura estão cheias e induzir a queima de calorias.

Mas não é apenas isso. A pesquisa se apoia sobre artigos previamente publicados para indicar outros efeitos negativos do sono sobre a alimentação. O estresse e o cansaço físico decorrentes das poucas horas dormidas tornam o indivíduo mais propenso a recorrer a alimentos reconfortantes e menos apto a resistir às tentações super calóricas. Para compensar a falta de energia, as pessoas tendem a comer mais e pior. Como é comprovado por diversos estudos, a ingestão diária de energia, tanto em homens, quanto em mulheres, chega a aumentar em 20% após um período de privação do sono.

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As consequências para a balança são evidentes, mas para a saúde são ainda mais preocupantes. Os pesquisadores ressaltam a importância de associar os distúrbios do sono com alterações nos padrões alimentares como forma de chamar atenção para os meios de prevenção e tratamento de doenças crônicas resultantes, como o diabetes de tipo 2, a obesidade e doenças relacionados ao coração. Tanto crianças quanto adultos correm risco de desenvolverem, a longo prazo, essas desordens crônicas em função do aumento na ingestão de alimentos e da redução das horas de sono. Por isso, o melhor caminho para alterar a sua dieta pode começar não na mesa de jantar ou diante da geladeira, mas na sua cama.
Fonte: gnt.globo.com
Edição: F.C.

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