Incisão robótica permite remoção da tireoide sem marcas de cicatriz no pescoço

5 de outubro de 2011

Nova incisão robótica vai ajudar cirurgiões a remover com segurança uma parte da tireoide doente de pacientes sem deixar a cicatriz característica n o pescoço. A técnica, desenvolvida por cientistas da Universidade da Georgia, nos Estados Unidos, utiliza recursos de acesso remoto de robôs, experiência adquirida com outra abordagem não-cicatrizante de remoção da glândula salivar da região do maxilar inferior.

“Isso é ambulatorial, não requer um dreno cirúrgico e tem a vantagem de não deixar nenhuma cicatriz no pescoço”, explica o autor correspondente David Terris. O objetivo era uma técnica que não deixa cicatrizes e é tão segura quanto a tireoidectomia convencional, que envolve uma incisão na base do pescoço para ter acesso imediato à tireoide.
“O princípio fundamental é a personalização da cirurgia para o paciente e sua doença ao contrário de uma geral que atenda todos os pacientes. O nosso conselho para pacientes e cirurgiões é fazer o que funciona melhor para uma pessoa”, diz Terris.
A cirurgia é feita por meio de uma incisão no pescoço há mais de 100 anos sobre a tireoide, a glândula endócrina logo abaixo do pomo de Adão que controla a taxa metabólica do organismo. Na última década, Terris e outros pioneiros criaram abordagens minimamente invasivas que podem reduzir a incisão para menos de uma polegada.

Em 2004, Terris e seus colegas publicaram uma abordagem que, pelo menos em suínos, utilizava a axila para evitar completamente cicatrizes no pescoço. Embora essa abordagem seja utilizada de forma seletiva em outros países, surgiram relatos de efeitos colaterais graves, como danos ao plexo braquial, o nervo principal do braço e mão, perda de sangue, e perfuração do esôfago.

Depois de usá-la em um pequeno número de pacientes, Terris imaginou uma rota lógica mais direta. Foi quando ele pensou na retirada da glândula salivar através de uma incisão na linha do cabelo.

Sistema DaVinci

No sistema cirúrgico DaVinci, em que os cirurgiões sentados n um console têm acesso remoto via axila ou uma incisão facelift, o dispositivo faz uma pequena incisão na linha do couro cabeludo, desaparece sob a pele, então se move sob o músculo enquanto se aproxima da tireoide.

Um refrator mantém a pele e o músculo fora do caminho enquanto os braços flexíveis e tridimensionais do robô permitem a remoção da glândula tireoide.
Pacientes com tireóide grande ou câncer de tireóide não são candidatos a esta abordagem, mas Terris disse que avanços na tecnologia robótica podem permitir aos cirurgiões mais rapidamente atingir acesso a ambos os lados da tireoide através de uma única incisão.

A abordagem leva mais tempo e, principalmente por causa do aumento do tempo sob anestesia, custa mais do que outras cirurgias minimamente invasivas. Um efeito secundário comum e transitória desta abordagem é dormência temporária localizada por causa do contato cirúrgica com o nervo que inerva a pele da região.

Fonte: Isaude.net

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