Médicos fazem mutirão contra câncer na laringe

10 de abril de 2012
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O ex-presidente Lula recebeu a notícia de que o tumor na laringe dele desapareceu. Na mesma semana, médicos foram a um centro comercial de São Paulo para examinar e informar as pessoas sobre essa doença. Alguns têm os principais fatores de risco e não negam. “Eu fumo, eu bebo, porque eu levo uma vida agitada”, afirma um homem.

Outros têm sintomas que merecem atenção, mas não fazem nada, como o mensageiro Antonio Teixeira, que está rouco há mais de 15 dias. “Amanhã, eu vou. E fico bom, fico bom. Continuo do mesmo jeito, rouco”, conta.

Fumar e beber, estar rouco por mais de duas semanas, ter dificuldade para engolir: muita gente não associava isso ao câncer de laringe, mas a divulgação da doença e do tratamento do ex-presidente Lula despertou a atenção.

“Eu tenho muita dor nesse pedaço na garganta, porque a minha voz não sai mais. O meu problema já vem muito antes do Lula”, diz a bióloga Maria Regina Cordovil.

Apenas 25% dos casos de câncer de laringe são diagnosticados logo cedo, quando o tumor é bem pequeno e muito mais fácil de tratar; 75% dos doentes demoraram demais para procurar um médico. Deixaram de fazer a prevenção.

Especialistas do hospital A.C. Camargo foram a um centro comercial na Avenida Paulista levando equipamentos para fazer a triagem daqueles que realmente precisam procurar um médico.

Quem entrou na fila fez também teste de capacidade pulmonar, recebeu dicas para deixar de fumar e o conselho de perder o medo da doença e do médico.

“Um câncer de laringe inicial tem 95% de chance de cura. Uma sequela mínima na voz, um tempo de reabilitação muito pequeno”, explica a fonoaudióloga Elisabete Carrara.

Fonte: Jornal Nacional

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