O que é Câncer da Tireoide?

29 de dezembro de 2011

O câncer da tireoide pode ser considerado o mais comum da região da cabeça e pescoço e é três vezes mais freqüente no sexo feminino. Nos EUA, a doença corresponde a 3% de todos os cânceres que atingem o sexo feminino. No Brasil correspondeu a 1,3% de todos os casos de câncer matriculados no INCA de 1994 a 1998, e a 6,4% de todos os cânceres da cabeça e pescoço. Os carcinomas diferenciados são os mais freqüentes. Dentre eles existem o carcinoma papilífero, o carcinoma folicular e o carcinoma de células de Hürthle. Entre os carcinomas pouco diferenciados temos carcinomas medulares e os carcinomas indiferenciados.

Sintomas de Câncer da Tireoide

A presença de um nódulo na tireoide, região anterior baixa do pescoço, normalmente não é indicação da presença de um câncer. Entretanto, a ocorrência de nódulo tireoidiano em pacientes com história de irradiação prévia do pescoço ou história familiar de câncer da tireoide, é mais suspeito. Da mesma forma, a presença de nódulo tireoidiano, associado à presença de linfonodomegalia cervical (gânglios linfáticos aumentados no pescoço) e/ou ao sintoma de rouquidão, pode ser indicação de um tumor maligno na tireoide.

Fatores de risco
A história de irradiação do pescoço, mesmo em baixas doses, assim como a ocorrência de câncer da tireoide na família, podem ser considerados fatores de risco para o câncer da tireoide.

Tratamento de Câncer da Tireoide

O tratamento do câncer da tireoide é cirúrgico. A tireoidectomia total ou parcial (em casos indicados) é o tratamento de escolha.
O tratamento dos carcinomas bem diferenciados (carcinoma papilífero e carcinoma folicular) depende dos fatores de risco, que indicarão a extensão da cirurgia e a necessidade da complementação terapêutica com o iodo radioativo. Já os outros tumores malignos da tireóide, deverão ser tratados com a tireoidectomia total.
Em casos de tumores que apresentem disseminação para gânglios linfáticos cervicais, o tratamento do tumor primário deve ser associado ao esvaziamento cervical seletivo (retirada dos gânglios linfáticos relacionados). A complementação terapêutica com o iodo radioativo deve ser sempre utilizada em pacientes com carcinomas bem diferenciados, considerados de alto risco e submetidos a tireoidectomia total.

A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, está com câncer na tireóide

A cirurgia para a retirada do tumor está marcada pro dia 4 de janeiro, no Hospital Universitário Austral, em Buenos Aires. A presidente está com câncer no lóbo direito da glândula tireóide. O problema foi detectado três dias antes do Natal, durante exames de rotina. Nesta terça-feira (27), os exames pré-cirúrgicos indicaram que os gânglios linfáticos não estão comprometidos e que não há metástase. Segundo os médicos, isso quer dizer que a localização do câncer está restrita à glândula tireóide.

Aos 58 anos e recém empossada para um segundo mandato, Cristina Kirchner deverá se licenciar da Presidência pelo menos até o dia 24 de janeiro, tempo que se calcula suficiente para o tratamento.

A glândula tireóide tem como função produzir hormônios que são liberados na corrente sanguínea. Esses hormônios agem em quase todas as células do corpo e ajudam no metabolismo do organismo. Especialistas afirmam que este é um tipo de tumor mais comum em mulheres. Ainda segundo eles, a taxa de cura, quando detectado no inicio, é muito alta, ultrapassando 95%.

A argentina Cristina Kirchner é o quinto caso de câncer entre chefes e ex-chefes de Estado na América Latina. Fernando Lugo, do Paraguai, teve que enfrentar um câncer linfático e buscou tratamento no Brasil; o venezuelano Hugo Chavez ainda se recupera de um câncer de próstata; além da presidente Dilma Rousseff, que enfrentou um câncer linfático, quando era ministra da Casa Civil, em 2009, no governo de Lula, que está em pleno combate a um câncer de laringe.

Fontes e referências: Inca/ Bom Dia Brasil

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