Teresina é rosa
16 de outubro de 2012A mobilização mundial símbolo da luta contra o câncer de mama foi trazida para o Brasil em 2008, pela FEMAMA (Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama) e visa conscientizar a população sobre a importância da detecção precoce da doença para redução da mortalidade.
Mais uma vez, a FEMAMA promoverá a iluminação de prédios e monumentos históricos na cor rosa, como o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, e o Congresso Nacional, em Brasília. No próximo dia 16, é a vez da igrena São Benedito ficar Rosa. Ao longo do mês, por meio de suas 57 ONGs associadas em todo o país, conduzirá mais de 200 mobilizações, entre caminhadas, eventos beneficentes e ações regionais. O dia 20 é a grande mobilização do Outubro Rosa em nossa capital quando acontece a caminhada saindo, às sete horas da manhã, da Igreja São Benedito, até o SESC Ilhotas. Nesse local, 600 mulheres carentes serão examinadas gratuitamente por médicos mastologistas. O kit para a caminhada já está à venda.
Este ano, além de falar sobre o diagnóstico precoce, o Outubro Rosa destaca a importância do governo brasileiro em investir no acesso ágil a tratamentos adequados às pacientes com câncer de mama.
Políticas públicas
O câncer de mama é hoje o tipo de câncer que mais mata mulheres no Brasil. Para 2012 as estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA) são de 52 mil novos casos de câncer de mama diagnosticados no país e aproximadamente 13 mil mulheres serão vítimas fatais, o que significa que mais de 30 mulheres morrem por dia em decorrência da doença.
Desde sua criação, a FEMAMA, juntamente com a Fundação Maria Carvalho Santos, luta para mudar essa realidade. Um dos pilares de atuação é defender uma melhor cobertura mamográfica no Brasil, para a detecção precoce da doença. Outro ponto-chave é garantir o acesso rápido a tratamentos adequados para o câncer de mama pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e nesse campo, 2012 foi um ano de grandes conquistas.
Em julho, o Ministério da Saúde anunciou oficialmente a incorporação do medicamento trastuzumabe no SUS para o tratamento adjuvante do câncer de mama. O medicamento tem grande impacto na sobrevida de pacientes HER2-positivo, um tipo de câncer agressivo. Já o projeto de lei 2.784/08, que prevê a realização, sempre que possível, da reconstrução da mama pelo SUS no mesmo tempo cirúrgico da mastectomia, foi aprovado dia 12 de setembro, pelo Senado, e agora aguarda retorno da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados. E o projeto de lei 3887/97, que prevê o prazo máximo de 60 dias entre o diagnóstico e o início do tratamento adequado foi aprovado pela Câmara no mês de junho, e está em análise do Senado.
Além disso, outras duas lutas são a isenção de IPI na aquisição de veículos adaptados para pessoas que tenham sido submetidas à remoção total ou parcial de gânglios axilares, e o fornecimento pelo SUS e planos de saúde de quimioterapia oral durante os tratamentos.
Fonte: 180graus.com