Widex Baby

18 de abril de 2012
oto

Aparelhos auditivos respeitam anatomia e demandas específicas da primeira infância, período em que é fundamental que a criança exerça sua máxima capacidade auditiva; tecnologia chega num momento em que lei federal obriga maternidades a realizarem o “teste da orelhinha”

A Widex, multinacional dinamarquesa que está entre as cinco maiores fabricantes de aparelhos auditivos no mundo, apresenta no Brasil sua linha BABY, a primeira desenvolvida exclusivamente para bebês.

Os aparelhos, que já são comercializados na Europa, América e Ásia desde outubro de 2010, estarão disponíveis para venda no Brasil a partir do primeiro trimestre de 2012. Entre suas novidades estão a facilidade de ajuste, o respeito à anatomia de recém-nascidos e bebês e a maior largura de sua banda, que contribui ainda mais com o desenvolvimento da criança como um todo, sobretudo no que diz respeito à linguagem – em um momento em que os primeiros contatos com sons são parte fundamental de um crescimento natural e saudável.

Os aparelhos chegarão no Brasil num momento em que uma lei federal (número 12.303, de 3 de agosto de 2010) obriga as maternidades brasileiras a realizarem, gratuitamente, em bebês nascidos em suas dependências, o exame de emissões oto-acústicas evocadas, conhecido como “teste da orelhinha” (mais informações abaixo). Através deste exame é possível detectar e diagnosticar prematuramente problemas auditivos permitindo, assim, que a criança se desenvolva amplamente, tal qual uma criança sem perda auditiva. A descoberta tardia de uma eventual surdez dificulta o tratamento e pode trazer conseqüências severas para a audição da criança. Com um ano completo em agosto, a lei passou, em outubro último, a ser alvo de uma campanha de conscientização pelo Senado Federal (link), destacando a importância da realização deste exame.

Para demonstrar aos fonoaudiólogos do Brasil o esforço que a Widex vem empenhando na adaptação pediátrica, foi realizado, no dia 28 de novembro, um encontro com a especialista dinamarquesa Majken Roikjer, que ajudou a Widex a desenvolver o BABY TM e é mestra em audiologia e patologias da fala com especialização em audiologia pediátrica. Na ocasião, ela falou sobre o panorama dos aparelhos auditivos Widex para crianças e, especificamente, sobre a nova linha que chega ao Brasil. No dia seguinte (29), Majken participou de uma sessão para adaptar aparelhos em dois bebês brasileiros com perda auditiva diagnosticados precocemente através da realização do “teste da orelhinha”.

A maior novidade da linha BABY, que são, atualmente, os menores aparelhos fabricados pela Widex medindo dois centímetros, é a adaptabilidade e praticidade para o uso dos bebês recém-nascidos até crianças de cinco anos. O aparelho respeita características da primeira infância como a audibilidade que esta fase demanda e o ritmo de crescimento da orelha sobretudo nas primeiras semanas de vida.

Em relação à anatomia, normalmente os recém-nascidos têm de ir  freqüentemente – média de uma vez por semana no início da vida, freqüência que vai se espaçando com o crescimento -  ao fonoaudiólogo para ajustar o tamanho do molde de seu aparelho, já que seu ritmo de crescimento é acelerado nos primeiros meses de vida. Esta necessidade traz duas grandes dificuldades: a primeira é o estresse do bebê para receber, dentro de sua orelha, a cada vez em que seu molde tem de ser re-adaptado ao tamanho novo, a massa que será utilizada para fazer uma nova peça do aparelho.

A outra razão é que, durante o período em que o novo molde está sendo confeccionado, que dura, em média, uma semana, o bebê perde grandes períodos sem escutar direito, o que, diferentemente dos adultos, tem uma diferença fundamental para seu desenvolvimento. Estas dificuldades não existem para a criança que usa o BABY, que vem com uma extremidade auricular de ajustamento instantâneo, de silicone que é bastante confortável, segura e se amolda  perfeitamente à orelha do bebê. Quando a orelha da criança cresce, a ida no fonoaudiólogo servirá apenas para trocar a extremidade por outra maior, numa substituição rápida e simples sem a necessidade de retirada de pré moldagem. A Widex também desenvolveu uma peça exclusiva para o aparelho, uma âncora macia que o mantém no lugar e permite uma melhor fixação da extremidade auricular.

Esta peça posiciona de maneira firme, mas suave, o aparelho dentro da orelha do bebê. Assim, mesmo que ele esteja fixo na orelha, evitando que saia da orelha ou que o bebê o retire e coloque na boca, o aparelho é composto de itens flexíveis, como a âncora, o olhal de fixação que serve para prender um fio para ligar os dois aparelhos, o pequeno cabo auricular, que liga a extremidade ao aparelho auditivo, além da própria extremidade, que fica internamente na orelha. No aparelho auditivo propriamente, que fica atrás da orelha, existe uma luz LED que permite aos pais ter informações de funcionamento do aparelho, como, por exemplo, se a bateria está acabando.

Outra vantagem é a largura da banda, a ClearBand da Widex, que é maior do que a dos aparelhos convencionais, chegando a mais de 10 kHz trazendo maiores possibilidades para que o bebê desenvolva sua fala e linguagem através da maior perceptividade dos sons que o circundam -  as falas de seus pais e de si próprio, num primeiro momento.

Estudos clínicos utilizados como pela Widex para a criação da linha BABY indicam que a largura de banda ampliada pode funcionar como um melhor ponto de partida para o desenvolvimento da linguagem. A largura de banda ampliada do Widex BABY aumenta a qualidade do som, com uma imagem sonora melhorada e mais rica, com o propósito de oferecer uma melhor inteligibilidade em toda a gama de freqüências.

Os sons agudos, por exemplo (aquele produzidos quando se falam fonemas como “ça”, “ce”, “ci”, “xá” etc), são melhores capturados com esta freqüência maior. São, assim, apresentados mais estímulos para um desenvolvimento ideal da fala e da linguagem.

A tecnologia da Widex também conta com o dispositivo Localizador de Alta Definição: o sistema de microfone direcional totalmente ajusta-se à fala vinda de todas as direções, tanto em ambientes ruidosos como em ambientes silenciosos. Isto significa que mesmo a fala que vem de trás ou dos lados é detectada e nunca atenuada. O BABY vem com controle remoto para que os pais possam programá-lo, além de outros acessórios como uma corda que liga um ao outro evitando a perda.

“A combinação da intervenção precoce, possível agora através da obrigatoriedade do teste da orelhinha, com a amplificação adequada que a nova linha da Widex oferece é um caminho para que o bebê tenha o mesmo desenvolvimento e a mesma qualidade de vida que crianças que não têm perda auditiva”, afirma Marcelo Smith de Vasconcellos, diretor da Widex Brasil.

Teste da orelhinha – O exame de Emissões Otoacústicas Evocadas (EOA), conhecido como “teste da orelhinha”, é um dos diversos exames para avaliar a integridade da função auditiva. Um aparelho digital introduzido no ouvido do bebê (que pode estar dormindo) emite sinais e verificam-se imediatamente as respostas do ouvido do bebê a estes estímulos.

Estatísticas – Cerca de dois milhões de brasileiros declararam ao Censo 2010 que têm deficiência auditiva severa, o que equivale a 1,1% da população (link). Informações da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia dão conta de que entre 19 a 20 milhões de pessoas tenham algum grau de surdez no Brasil. E, segundo a Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, em cada 10 mil crianças brasileiras que nascem, 30 têm algum tipo de deficiência auditiva. Sem a triagem universal, apenas 50% destas crianças são diagnosticadas conforme o órgão.

“Se cruzarmos estes dados com os da exclusão da educação dos surdos, perceberemos com clareza ainda maior a importância de se diagnosticar surdez já quando a criança nasce”, diz Vasconcellos, fazendo referência a dados da Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos (Feneis), que  dão conta de que, entre as cinco milhões de pessoas com deficiência auditiva, 776 mil estão em idade escolar. E que, entre estes surdos que, a rigor, deveriam estar na escola, a proporção de pessoas matriculadas em escolas é de 7%; a proporção de analfabetos é de 28%; a de matriculados no ensino médio é de 3% e a de pessoas que começaram o ensino superior é de 0,04%.

Aparelhos auditivos – Os aparelhos auditivos são compostos por um microfone, um amplificador e um alto-falante. Eles funcionam, basicamente, facilitando a percepção de sons e vozes para pessoas com perda auditiva. Atualmente, graças à tecnologia, muitos aparelhos também são capazes de diminuir a freqüência de ruídos que podem prejudicar a comunicação.

Sobre a Widex – A Widex está entre as cinco maiores empresas de aparelhos auditivos do mundo, que tem trazido ao mercado brasileiro soluções inteligentes e de alta complexidade digital, com qualidade única.  Fundada na Dinamarca em 1956, a Widex atua em mais de 90 países e é reconhecida pelos produtos e serviços de qualidade e também pela liderança em tecnologia e investigação audiológica. Está no Brasil desde 1961, onde investe principalmente em marketing, informação, equipe e em manter o padrão Widex internacional de seriedade e busca de resultados.

Site: http://www.widex.com.br/

Fonte: guiadobebe.uol.com.br

1 Comentário

  1. Alessandra
    6 de novembro de 2015

    No texto diz: para crianças recém-nascida até 5 anos.Isto quer dizer quando a criança fizer 6 anos terá que trocar de aparelho?


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